A História do Rock Evangélico (2000 – 2020)

Por Salvador de Sousa

Bandas que se originaram nas décadas anteriores, continuaram em atividade, como no caso do Catedral, Fruto Sagrado, Katsbarnea, Livre Arbítrio, Metal Nobre, Oficina G3, Renovo, resgate, Sinal De Alerta e Virtud. Dentre elas, destaque para a Oficina G3 que, após sua ida para a MK Music, ficou muito mais famosa, tornando-se a banda evangélica da década.
Muitas bandas novas surgiram com discos  gravados, tais como: Acesso (SC), Aeroilis (SC), Apogeu (SP), Aster 7 (SP), Cálamo (SP), Conhecimento Sagrado (PR), Corbã (SP), CS4 (DF), CUSM (SP), Deserta (SP), Dose Certa (SP), Fala (SP), Getsêmani (SP), Golgotha (PR), Grou (SP), HP7 (DF), Imagem de Deus (SP), Jovens da Capital (DF), Khorus (ES), Ligação (PR), Madeiro (RO),  Maóz (SP), Menorra (PR), Metamorphus (AM), Militantes (SP), Nova Trilha (DF), Ônix 8 (SC), Ponto Com (DF), Sion (SP), Supernovavida (DF), Sutura (PR), Vértice (DF), Veste Branca (Sp), Vitri (DF), Vox Dei (CE) e Vulgata (PR).

Depois de 36 anos de seu início, a banda paulista Exodos lançou seu primeiro disco, o CD 1970 – 1977 (2006) registrando 13 canções ao ritmo de rock, blues e country. Um belo registro dessa banda pioneira no rock evangélico brasileiro.
Diversos cantores gravaram discos de rock ou com o predomínio desse ritmo. É o caso do cantor Catalau, ex-Golpe de Estado, que lançou o CD “Jesus Está Voltando” (2003). Foi o caso, também, do Brother Simion com os CDs “A volta de Jonnhy” (2003) e “Eclipse” (2004) e do Paulinho Makuko com o CD 12 (2005). Jônatas Duarte, ex-Matéria Prima, lançou o CD “Metrópolis”, onde se destaca belos solos de guitarra. Enock Lou, ex-cover do Raul Seixas, lançou seu 3º CD intitulado “A Senha” (2002). Teve ainda o cearense Alex Alves com seu CD “Vigilância24 horas” (2005).
Três ex-integrantes do Oficina G3 lançaram CDs solos nessa década. Manga lançou “Fóssil Praise” (2003) e “Sol da Meia Noite” (2003). Tulio Regis lançou “Para Ti” (2007) e o PG lançou “Adoração” (2004), “De um Lado a Outro” (2006) e “Eu sou Livre” (2007).
Vale ressaltar que embora não sejam grupos que possamos chamar de bandas de rock, as bandas de metal ou de white metal, são frutos do rock. A maioria delas optou por cantar em inglês, entretanto houve algumas que lançaram discos em português, tais como as bandas Alfa (PR), Antidemon (SP), Desertor (PR), Ira Divina (SE), Rodox (SP), Skymetal (MG) e Trino (ES). Dentre essas vale destacar a banda Rodox, do Rodolfo Abrantes, ex-Raimundos, que lançou 2 CDs na linha hardcore: “Estreito” (2002) e “Volume II” (2003). Depois o Rodolfo deixou o Rodox, iniciando sua carreira-solo com o CD “Santidade ao Senhor” (2005).

ANOS 2010   (2010-2019)

    Essa é uma década onde nos parece que há um esfriamento do rock em nossa sociedade; algo que ocorre não somente na igreja, mas também no meio secular. Não se vê o rock pipocar na mídia e tampouco novas bandas surgiram com imponência e grande destaque. Até mesmo as chamadas bandas de rock demonstram um estilo mais voltado para o pop/rock.
No meio evangélico bandas tradicionais como Catedral, Katsbarnea, Oficina G3, Sinal de Alerta e Resgate continuaram em evidência e lançando novos CDs, entretanto não tiveram o mesmo impacto das décadas anteriores. Outras bandas estavam em atividade, também, tais como  Khorus (ES), Jovens da Capital (DF), Judas, O Outro (SC), Megafone (PR), Palavrantiga (MG) e Renovo (DF). Entre os cantores destacam-se o PG e o Rodolfo Abrantes.
Entre as bandas novas que surgiram cito: Ee-taow (SP), Freedom (MG), Jó 42 (MG), Lex Skate Rock (DF), Salzband (DF), Tanlan (RS) e a Bálsamo (SP). Cantor novo destaca-se Hélvio Sodré (DF).

O ROCK EM 2020

Com o fim da era do CD não sabemos exatamente como ficará a situação do rock no meio evangélico. Bandas já um bom tempo no mercado estão se adaptando às plataformas digitais, disponibilizando suas músicas por lá.
Devido à pandemia do coronavirus em 2020, algumas delas estão se mantendo vivas na mídia com as lives nas redes sociais e no Youtube.  Por outro lado, a escassez de bandas novas é evidente e o momento de isolamento social não é propício para formação de novos grupos.
Em suma, apesar de chegar aos 50 anos em nosso meio, o futuro do rock parece incerto, entretanto espero que esse ritmo continue não somente como algo relacionado ao passado, mas forte no meio evangélico com qualidade, criatividade, variedade, conservação e renovação.

Bibliografia
Sousa, Salvador de. Breve histórico do rock evangélico no Brasil.
www.arquivogospel.com.br, Brasília, 2006.
Sousa, Salvador de. História da Música Evangélica no Brasil. Ed. Ágape, 1ª edição, São
Paulo, 2011.

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