Por que Gaston, de A Bela e a Fera, não gostava de ler?

Os desenhos animados não se restringem ao entretenimento apenas do público infantil porque certamente seus produtores visam atingir também a plateia adulta. Mas quero me deter ao filme de animação da Disney, A Bela e a Fera, num trecho em que o personagem francês conhecido por Gaston (ou Gastón) manuseia um livro, tendo-o nas mãos de cabeça para baixo, e mostrando-se tremendamente insatisfeito pelo fato de a mulher que corteja, ou seja, a ‘linda’ Bela, gostar de ler. Não é certo uma mulher ler. Em breve ela vai começar a ter ideias e a pensar, disse Gaston inconformado com essa possibilidade que, ainda por cima, tinha contornos discriminatórios, diriam alguns da época atual. Peguei esse exemplo para sintetizar o flagrante desestímulo de muitas pessoas para a leitura. Veja você que a leitura traz resultados efetivos e a Bíblia mostra isso abundantemente como o fez naquele episódio em que se vê o protótipo da criação do outdoor, narrado por Habacuque: Escreve a visão sobre tábuas para quem passar correndo a possa ler. Mas por que a leitura não se revela como um hábito mais comum nas pessoas? Uns há que vaticinam ser estratégia para a manipulação fácil, uma vez que os que não leem se tornam inabilitados para compreenderem um texto onde pousam seus olhos. O apóstolo Paulo, e.g.,  era ávido por ler. Era um intelectual. Estudou com o mestre Gamaliel e não se afastou mais desse costume. Pelo contrário! [Timóteo] quando vieres traga meus livros, alertava o apóstolo a seu discípulo. Pelo conhecimento absorvido da leitura, Saulo de Tarso trouxe para suas entranhas a suma importância que a leitura lhe oferecia. Era culto ao ponto de ser poliglota. Falas o grego?, indagou surpreso o comandante romano, referindo-se a Paulo. O fato é que precisamos ler mais, meus diletos amigos. A voz de Paulo – pego aqui como propagador desse ato imprescindível ao ser humano – ainda ecoa das páginas do Novo Testamento até estes dias alertando-nos a todos, dizendo: Aplica-te à leitura!.