Que tal uma viagem à Veneza?

 

Quando era adolescente, não sei porque essa preferência, mas brincávamos de “adedonha”, aquela brincadeira que se contar letras nos dedos e depois todo mundo tem que dizer coisas com aquela letra. E a pergunta quando era o nome de uma cidade, e eu dizia quando era com “V”: Veneza, e pensava que era o lugar onde queria, quando casasse, passar a minha lua de mel.

 

Os anos se passaram e eu ouvi dizer que aquele lugar não estava muito legal, que tinha um cheiro fétido no verão por causa da esgoto que era jogado ao mar ou coisa assim e desesti de conhecer Veneza…meu sonho ficou esquecido.

Aquela imagem que eu tinha daquele lugar dentro d’água, das gôndolas românticas com seus barqueiros e dos restaurantes com comidas deliciosas em um ambiente romântico que me seduzia, sumiu.

Quando tive a oportunidade de visitar a Europa, Veneza estava no roteiro, não que eu tenha pedido.

Ficamos hospedados em um hotel em um lugar chamado Santa Lúcia e no dia seguinte a nossa chegada, saímos até a estação de trem e embarcamos para Veneza em um trem de dois andares. Nunca tinha visto um trem assim. E a passagem, era só comprar e guardar no bolso, caso alguém perguntasse. Não tinha roletas ou máquinas cobradoras.

Chegamos a Veneza. Era um lugar diferente e com muita gente circulando. Caminhamos pelas ruas estreitas e vielas. Chegamos a praça San Marco que era um largo bem grande e espaçoso e subimos o edifício mais alto de Veneza, o “campanário” (99 metros de altura) para avistar a cidade lá de cima. Uma visão única. Podíamos ver toda a cidade e algumas pequenas ilhas ao longe.

No alto de um prédio chamado a Torre do Relógio, havia um relógio famoso que tinha uns bonecos, os Mouros, que determinada hora andavam e martelavam o sino. Conta a história que anunciavam as chegadas e partidas dos navios. Todo os turistas paravam pra olhar pra cima e ver os bonecos andando e dando as marteladas no sino.

Fizemos um passeio de barco pelo canal e admiramos a vista de um ângulo diferente, do rio para a rua. Os prédios com seus designs antigos bem colados às águas, janelas imensas, pareciam ter nascidos ali.

Não fiz o passeio de gôndola por conta de um trauma que sofri quando criança, quando me afoguei porque a canoa em que eu estava virou, eu tinha uns 10 anos de idade.

Uma coisa que me deixou encantada em Veneza foram os vasos de Murano. Como são lindos!! Coloridos, pequenos, grandes. Vontade trazer todos pra casa, mas como estava em uma viagem de quase 30 dias pela Europa, tive que me conter. Trouxe apenas umas máscaras pequenas e alguns outros pequenos mimos.

Almoçamos e jantamos naquele lugar maravilhoso. Comida boa, gente amistosa e a magia do lugar fez toda a diferença.

Por Lúcia Franco

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