O Coronavírus e o cavalo amarelo do Apocalipse

Não é novo o fato de que o ebola mata brutalmente  de 25 a 90%, o sarampo  matou no mundo todo, 1,42% no ano de 2019. O câncer e a AIDS ainda são motivos de preocupação mundial e ainda temos a gripe H1n1, a gripe influenza, a dengue e outras doenças tantas.

     Coronavírus é a nova pandemia.     Assustando o mundo, o surto começou na China, mas já não pode ser chamado de “o vírus chinês”,  pois que pertence ao mundo. A epidemia mortal não para de subir e nos surge como um mal sem controle, já que o vírus está se espalhando com uma velocidade nunca pensada.

     No final de 2019, vários casos de pneumonia começaram a surgir na cidade Chinesa de Wuhan e indicava que algo específico estava contaminando pessoas.     O grande problema é que não se tinha nenhuma informação da origem de tamanho mal.

     A OMS – Organização Mundial de Saúde -, no dia 31 de dezembro, emitiu alerta e logo se espalhou. O grande mercado de frutos do mar, que também vendia carne de tartaruga, carne de cachorro e outros estranhos pratos vivos e mortos, dizendo-se que daquele amontoado todo, saíra a tal contaminação.     Acreditava-se que sapos, morcegos, cobras, tudo comível estavam contaminados e, logo, contaminando.

     No dia 9 de janeiro, constatou-se que a tal contaminação se dava mesmo por um tal de Coronavírus. Desde então, começamos à sair de nossa infância colorida quando “corona” era apenas “um banho de alegria num mundo de água quente”, e entramos no mundo do vírus, que mais se parece com uma coroa.    (Não confundir com aquela logomarca de nossos saudosos chuveiros). A palavrinha “coroa” em espanhol e em italiano é corona.

     Não podemos considerar o Coronavírus apenas uma gripe, porque o vírus sofre mutações e se torna em extremo agressivo e mortal. O vírus da gripe se modifica como aconteceu na China com o Sars, em 2002, que era a síndrome respiratória aguda grave e que se espalhou para mais de 25 países e matou várias pessoas. Também tivemos o tal Mers, em 2012, ou a Síndrome Respiratória do Oriente Médio, também em mais de 25 países. São doenças resultadas das mutações do Coronavírus. Agora temos o novo COVID-19, um novo Corona.

     Os sintomas causados por sua infecção são típicos de doenças respiratórias, tais como falta de ar, tosse, febre e dor de garganta, mas a infecção pode causar problemas renais, diarréia, podendo ser fatal em crianças pequenas, idosos e pessoas com baixa imunidade. Também a velocidade com que o vírus se espalha faz dele um problema maior ainda e com maior poder de alcance e de morte, além de incontrolável. Da China para a Tailândia, país do sudeste Asiático e conhecido por suas praias tropicais, pelos palácios reais suntuosos, pelas ruínas antigas e templos ornamentados com figuras de Buda, e em seguida para o Japão, em apenas três dias, através de contaminação de pessoas para pessoas, sendo que o período de incubação pode durar de dois dias até uma semana, até que se manifeste no infectado.

     No dia 20 de janeiro ficou provado que se uma pessoa ficar perto de um infectado, pode, sim, ser contaminado através de um aperto de mão, um espirro, tosse e até pelo ar. Tocar em qualquer objeto contaminado e depois tocar na boca ou nos olhos também é contaminável.

     O Coronavírus chegou à América do Norte e com seus efeitos se espalhou pelo mundo. Cidades bloqueadas, quarentenas e a doença se espalhando, isolando pessoas, hospitais sendo construídos em tempo recorde.     Mapas revelam o status global em tempo real . A epidemia global é real! De mãos em mãos, de ar em ar enquanto fronteiras são fechadas e os riscos aumentam no mundo todo. Brasil e o mundo em emergência!

     Enquanto buscam  a vacina que poderia terminar com o vírus, ele ainda sofre mutações, o que poderá causar males bem mais abrangentes; enquanto a ciência corre para encontrar um tratamento e não encontra, um número gigantesco de pessoas adoecem e morrem com a epidemia; enquanto aumenta a necessidade de isolamento, o que significa rodoviárias e aeroportos nacionais e internacionais fechados. Estádios fechados, escolas fechadas e aulas canceladas, empresas indo à bancarrota, shoppings e mercados vazios, ruas e avenidas desertas e a economia mundial parada. A tendência é que espaços públicos antes ocupados para jogos, entretenimentos e até cultos sejam transformados em hospitais e para ações humanitárias. Templos vazios, já que os cultos e programações outras, próprias de uma igreja, estão canceladas, enquanto aqueles líderes e seus membros que insistem em se reunirem para cultuar são objetos de críticas até por seus irmãos evangélicos.

     Talvez a questão que mais preocupa seja o fato de se não saber o que ainda irá acontecer. No meio de tanta fake news, exploração financeira através de produtos de necessidade como a máscara, álcool gel, gera-se a tal histeria coletiva. É um pânico desnecessário? A resposta é não. A histeria coletiva, o pânico é resultado de uma nova realidade para o mundo. Estamos em guerra franca e aberta!

     Todavia, nosso posicionamento como cristãos que, mais do que nunca tem o compromisso de ser luz no mundo e sal nessa terra, nesses tempos de Coronavírus tem se mostrado vulnerável, fragilizado mesmo. Também, como nunca antes, temos a certeza agora de que aquele “evangelho triunfalista” sempre foi e é uma mentira deslavada! Devemos ficar bem preocupados com aqueles crentes que receberam e creram em Jesus, através e por causa desse tal evangelho  que não consegue produzir nenhuma raiz. É claro que todos os crentes gostariam de ter um viver vitorioso sempre em toda sua forma de viver, sempre flutuando acima das lutas da vida, acima do bem e do mal, milagrosamente protegidos dos males deste mundo.

     Sabendo que todo homem é formado de corpo, alma e espírito, conforme lemos, por exemplo, em l Tessalonicenses 5:23, e, logo, sendo a alma, para contatar o mundo psicológico, o espírito (aqui, claro, o espírito humano) para ter comunhão com Deus e o corpo para o contato com o mundo físico, somos sim, não apenas emocionalmente atingidos mas também fisicamente. A pergunta que não quer calar é: deveríamos ser também atingidos espiritualmente como estamos sendo? Esses novos tempos em que somos confrontados com estas epidemias, seus riscos, desafios que causam medo, ansiedade e expectativas me fazem pensar que todos nós já aprendemos a exercitar nosso corpo e nossa alma, mas não aprendemos ainda exercitar o nosso espírito. Apesar de todos aqueles discursos inflamados, chamados de pregação do Evangelho, e, repito, triunfalistas, apesar dos pregadores do reteté e dos profetas que prometiam fogo e labareda, onde teríamos só glória e nada mais, não nos ensinaram a exercitar o nosso espírito e este se tornou amortecido e enferrujado. Nosso espírito não tem funcionado mais.

     Quer ver? Vou exemplificar: textos Bíblicos poderosos e verdadeiros, tais como Lamentações 3:22 que afirma que “o Senhor é misericordioso e as suas misericórdias  renovam-se a cada manhã”, agora , em tempos de crise, nos parece menos poderoso. A afirmativa de Salmos 91, “nenhum mal te sucederá nem praga alguma chegará à sua tenda” nos vem agora um tanto distante da realidade. É claro que a fé que Gilberto Gil cantou e alguns pregadores triunfalistas propagaram sobre “andar com fé eu vou que a fé não costuma falhar “ sempre foi mentira e é mentira agora. A fé falha sim! Ela titubeia, manca, oscila, assim como a nossa alma e, dependendo  do momento e das condições, a fé pode até morrer. Mas também pode renascer.

     Precisamos urgentemente, como amados de Deus, reconhecer que não buscamos o discernimento nesses últimos tempos em que o evangelho tem sido pregado e ensinado sempre de forma periférica e quase nunca no centro da Bíblia e até da vontade de Deus. Nos falta crescimento espiritual.

     Toda confusão na vida cristã reside no fato de não conseguirmos, de forma madura, discernirmos fatos, acontecimentos de nossos últimos dias na terra e, perigosamente, erramos também doutrinariamente.

     Todos nós, cristãos em geral, estudiosos interessados nos assuntos e doutrinas proféticas, mais especialmente no arrebatamento  dos salvos e na volta de Jesus, sabemos que estamos bem pertinho e, cada vez mais rapidamente, do período da história que chamamos de “tempo do fim”.     Para ser mais simples, a era da Igreja e sua atuação nessa terra está no fim. Isso significa dizer que o tempo da graça está chegando finalmente no seu estágio final. O tempo dos gentios está terminando.

     Agora, mais rápido do que possamos prever, as hecatombes, ou seja, os grandes desastres apocalípticos, acontecerão como foram preditos. Nós podemos saber exatamente o que irá acontecer? Graças à Deus que sim, pois não andamos nesta terra como quem tateia os ares. Não apenas pelas guerras e os rumores de guerras, não apenas pelas doença, vírus sem curas que causam tais pânicos e histerias coletivas, desde o aparecimento do câncer da AIDS e até agora, com o Coronavírus, mas também e principalmente porque somos os tais “sábios” que o Profeta Daniel se refere em seu livro no capítulo 12, quando ele afirma:  “Os sábios entenderão”. Nossa geração de cristãos entenderá porque as visões e revelações do irmão João no livro de Apocalipse, recebidas na Ilha de Patmos, começam a ficar muito claras, mas que para os crentes do tempo de Daniel ou de João está mais claro para nós cristãos do ultimo tempo .

     Mesmo porque o livro foi escrito para o tempo do fim. Por isso mesmo, durante o primeiro período da igreja, nossos irmãos não conseguiam aceitar os textos de Apocalipse como revelação e tiveram grandes dúvidas em inserí-lo entre os livros sagrados. Além de revelações indecifráveis, para eles, o livro fora escrito numa linguagem totalmente mitológicas, figuras mitológicas conforme a cultura da antiga Grécia que reunia e ainda reúne um conjunto de lendas e mitos que foram criados pelos gregos na antiguidade. O objetivo principal era de explicar alguns fatos, como a origem da vida, a vida após a morte, ou até mesmo os fenômenos da natureza. Assim, a criação das narrativas fantásticas que englobam a mitologia grega foi a maneira encontrada pelos gregos para preservarem sua história e a linguagem que João encontrou para se fazer entender pelos povos da época que entendiam as figuras de ninfas, sereias, centauros, sátiros, górgonas e heróis, além de vários deuses, figuras imortais e antropomórficas para um povo politeísta.

     Se ainda hoje um grande número de cristãos sentem dificuldade em estudar e ler o livro de Apocalipse, confessando medo ou incompreensão, imagine os irmãos daquela igreja. Somos então os sábios que entenderão, até mesmo porque estamos vivendo seus sinais.

     Convém lembrar que o livro não trata da graça de Deus, mas, sim, do fim desta. Trata do julgamento e não de perdão. Não trata de evangelho sendo pregado, mas de profecias sendo cumpridas, não trata de começo mas de fim, exatamente no ponto em nós estamos.

     Como os sábios que somos, de quem Daniel se referiu, precisamos logo entender que não há a menor possibilidade de que algum evento lá descrito e profetizado se cumpra durante o tempo da Igreja, ou seja, na presente dispensação. O tempo da graça não terminará enquanto a igreja não for arrebatada. Uma das comprovações disso está no fato de Deus se recusar a tratar com os homens, com o rigor divino, com o juízo merecido, mas ainda e apesar de tudo, demonstrar graça.   Veja que, por enquanto, e só por enquanto, os homens continuam desafiando Deus, continuam zombando da fé cristã, continuam rindo de sua Palavra, matando seus mensageiros enquanto escarnecem de seus princípios e doutrinas, rejeitam-na livremente e optam por uma estilo de vida sem medo de gozarem tudo o que a carne e o prazer lhes propõe e Deus está em silencio. Por enquanto, os homens estão expondo a Cristo ao vitupério e a vergonha pública em seus grandes ou pequenos eventos e Deus se mantem em silencio. Enfim, estão fazendo o que gostam, o que escolheram e preferem, e Deus está em silencio. A mídia e os meios de comunicação convencem a esta geração que tudo é normal e que podem tudo, e Deus… em silencio. Convém dizer ainda que entre nós crentes estão os que zombam, se divertem e fazem diversão do que é santo e já não levam mais à sério os dons, as chamadas viraram negócio, qualquer mensagem mais bíblica nas igrejas fazem delas piadas e motivos de ressentimentos. E Deus… em silencio.

     Ainda que alguns crentes orem por uma ação mais drástica da parte de Deus, Ele continua em silencio. Porque? Porque ainda a igreja está na terra, ainda estamos vivendo o tempo dos gentios. O tempo da graça e a estada da igreja de Cristo por aqui ainda proíbe que eventos realmente hecatómbicos aconteça. Selos que só serão abertos durante a grande tribulação, que a igreja não passará, apesar de os tribulacionistas negarem o fato.

     Dos sete selos a serem abertos, quatro serão os primeiros. Estes revelam os quatro cavaleiros e seus cavalos. Um dos cavalos é de cor vermelha que denota as guerras, o cavalo negro que representa a fome, o cavalo branco que representa a falsa paz e, aquele que mais nos interessa nesse tempo de doenças e Coronavírus, o de cor amarela, que simboliza as pestes, as doenças incuráveis ou ainda sem cura e a morte.

Leia Apocalipse 6. 1-8:
Observei quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos. Então ouvi um dos seres viventes dizer com voz de trovão: “Venha!” Olhei, e diante de mim estava um cavalo branco. Seu cavaleiro empunhava um arco, e foi-lhe dada uma coroa; ele cavalgava como vencedor determinado a vencer.
 Quando o Cordeiro abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizer: “Venha!” Então saiu outro cavalo; e este era vermelho. Seu cavaleiro recebeu poder para tirar a paz da terra e fazer que os homens se matassem uns aos outros. E lhe foi dada uma grande espada.
Quando o Cordeiro abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: “Venha!” Olhei, e diante de mim estava um cavalo preto. Seu cavaleiro tinha na mão uma balança. Então ouvi o que parecia uma voz entre os quatro seres viventes, dizendo: “Um quilo de trigo por um denário, e três quilos de cevada por um denário, e não danifique o azeite e o vinho!”
Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizer: “Venha!” Olhei, e diante de mim estava um cavalo amarelo. Seu cavaleiro chamava-se Morte, e o Hades o seguia de perto. Foi-lhes dado poder sobre um quarto da terra para matar pela espada, pela fome, por pragas e por meio dos animais selvagens da terra.”

  No entanto, todos esses cavalos, inclusive o amarelo, por terríveis que sejam, são apenas o começo das dores! Sendo a igreja tirada daqui no seu arrebatamento e sendo então aberto o quinto selo, tem começo a grande tribulação, que terá início na metade da septuagésima semana de Daniel.

     O quadro presente mundial é apocalíptico, é hecatómbico, todavia ainda estamos no tempo da graça, a igreja ainda ora sobre esta terra doente e ainda levanta mãos santas para o alto,em direção ao Deus único, libertador, o nosso Jeová- Rafah que nos dá saúde. Texto como o do salmo 91, ainda funcionam porque a igreja está aqui e não foi arrebatada. Quando isso se der, a Palavra de Deus e suas promessas subirão conosco porque “Ela será eterna nos céus”.

     Porque ainda a Igreja está aqui, haverá em breve, devo profetizar, a cura para mais este mal. Até que surjam outros. Quanto à nós, diremos:  “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, aquele que era, que é e que há de vir”.

Por Pr. Ronaldo Reis

Um comentário em “O Coronavírus e o cavalo amarelo do Apocalipse

  • 30/04/2020 em 16:18
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    Excelente texto reflexivo, que na minha opinião isenta a culpa da china e prova a inércia profetizada em apocalipse: tinha que acontecer de onde quer que viesse a praga, ele se manifestaria

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