Uma viajem muito louca (Parte 2)

 

A empresa que eu trabalhava ficava na senador Pompeu em Copacabana. Eu estava feliz e adorava ir trabalhar lá, porque tudo era tão bonito naquele bairro! O ônibus passava pelos túneis, por lindas praças, pessoas vestidas com elegância, lojas maravilhosas.

Um dia eu estava chegando pra o trabalho e uma colega, que nunca chegava cedo, chegou junto a mim à porta do elevador do prédio e eu disse: “nossa, acordou cedo hoje?!” E ela me respondeu: “não consegui dormir a noite toda.” (Vai vendo!). Ela tinha uns papéis na mão e começou a ler e eu perguntei: “o que você tá lendo?”. E ela me contou que era papel para inscrição do tal concurso. Eu virei pra ela e falei que meu cunhado e meu primo haviam me mandado fazer a inscrição, mas que eu não havia feito. Ela me falou que “coincidentemente” ela pegou dois formulários de inscrição e que na hora do almoço iria ao banco pagar a inscrição porque era o último dia. Perguntou se eu queria ir com ela. Eu então falei que iria e faríamos a inscrição juntas.
Chegando ao banco a fila estava enorme e achamos que não iria dar tempo, ultrapassando a hora do nosso almoço. Mas apareceu um rapaz do banco e me direcionou para um caixa que estava sendo aberto naquele momento e assim eu fiz a minha inscrição e a dela.
Chegou o dia da prova e eu fui fazer. No dia seguinte encontrei aquela minha colega na empresa e perguntei o que ela tinha achado da prova. Ela me disse que não tinha ido fazer a prova porque achava que não ia passar mesmo…pensei: “que louca! Quem faz isso?! Gasta dinheiro com inscrição e não vai fazer a prova!!!“
Passou um período até o resultado, mas eu não me preocupei muito porque já havia prestado muitos concursos e nunca passava dentro das vagas.
Fiz a prova sem pretensão nenhuma, fiz mais porque meus amigos iriam me perguntar se havia feito e haveria inquéritos e o que eu iria dizer, não é mesmo?!

Uma bela manhã, minha irmã que era casada com aquele meu cunhado que havia falado pra eu fazer o concurso, me liga cedo dizendo que a esposa daquele que trabalhava nesta empresa e que também pediu para me inscrever lhe havia ligado cedo pra lhe contar algo e me pergunta se tinha visto o resultado do concurso e diz que eu passei (acreditava mais em mim do que eu mesma…rsrs). Eu fiquei pensando “mas como?! Nem estudei…”

Havia um ano e pouco que estava trabalhando nessa empresa de implantes de silicone e minha gerente me chamou e me disse que sabia que eu havia passado no concurso (não sei quem falou pra ela até hoje) e que eu não fosse pra “aquela empresa” e me deu umas desculpas tolas tipo “ela polui nossos mares” e disse que precisava de mim e me prometeu um cargo de supervisora. Claro que eu disse que ia pensar com carinho. Porque passar no concurso foi só uma parte, ser convocada pra trabalhar era outra coisa, apesar de ter sido bem classificada. Me pediu para organizar o tal setor e me deu uma mesa e cadeira e fez reunião com as pessoas daquele setor dizendo que eu seria a responsável por aquele setor.
Passaram alguns meses e me convocaram pra fazer os procedimentos admissionais. Comprei um terninho novo e lá fui eu.
Me mandaram exatamente para aquele prédio que um dia, andando na rua, escolhi pra trabalhar.
Quando cheguei na porta do prédio, a porta era automática de vidro, mas não era de correr e se abria em um V, como se dissesse “vinde bendito do
meu Pai!!” Eu lembrei desse versículo quando ela se abriu. Naquela hora senti como se me convidasse a entrar e eu me lembrei daquele dia em que fiz minha escolha. Meu coração acelerou, minhas pernas bambearam e lágrimas correram dos meus olhos, mas dessa vez era de alegria e eu agradecia a Deus porque eu percebi que o tempo todo era Ele quem tinha me feito aquela promessa. E foi persistente! Não desistiu de mim em um único minuto. Mandou meu cunhado, mandou meu primo. Mandou a colega de trabalho, mandou a inscrição. Tudo era o amor dEle, o cuidado em honrar sua promessa.


Fui convocada para admissão, e disseram que ao final da ambientação, iríamos escolher por ordem de classificação em qual área iria trabalhar. Haviam Cinco áreas e eu mentalmente escolhi a minha: Queria trabalhar no RH e receber as pessoas que iriam ser admitidas depois de mim, queria lhes dar a notícia que eu esperei por tanto tempo e ter a oportunidade de falar do que Deus fez por mim, de alguma maneira. Mas algumas pessoas melhores classificadas iriam escolher as suas áreas antes de mim e eu pensei que não conseguiria. Mas pra minha surpresa, mais uma vez, pude escolher. Escolhi e fui fazer exatamente o que eu queria, o que havia proposto no meu coração.

Quero concluir dizendo algo: quando confiamos e colocamos a fé em nossos corações, Deus cuida de nós, como diz a minha mãe, nos mínimos detalhes. Mesmo quando nós mesmos não confiamos no nosso potencial ou do quanto somos importantes pra Ele.
Deus ouve oração! Já fez sua oração hoje?

Alguém poderia dizer: …mas e a viagem?! Você não é colunista de viagem?! E eu te digo: a viagem nesta história aconteceu no tempo…aconteceu quando ouvi a voz de Deus em uma viagem de oração, como diz o cantor Brother Simion…aconteceu quando me deixei levar e principalmente quando Ele quis me levar por caminhos que nunca imaginei.

Finalizo com uma frase do Pr. Erlie Lenz, da Sara Nossa Terra, minha igreja amada:

O testemunho não é propriedade privada! Quando Deus realiza você tem a obrigação de compartilhar”.

Obrigada e até nosso próximo encontro!!

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